Foto: Gilvan de Souza / Flamengo - O mandatário do Flamengo tem como objetivo a realização da SAF antes de deixar o comando da equipe
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo - O mandatário do Flamengo tem como objetivo a realização da SAF antes de deixar o comando da equipe

Landim surpreende ao CRAVAR SAF no Flamengo

Flamengo tem bastidores movimentados

Com faturamento de R$ 1 bilhão por temporada, o Flamengo é um dos clubes com maior estabilidade financeira do mercado nacional, o que possibilita a diretoria a fazer grandes investimentos no elenco. Já que atualmente, o Rubro-Negro tem uma das equipes mais qualificadas da América Latina, diante do seu poder financeiro.

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Desta forma parece loucura pensar em SAF no Flamengo. Entretanto, o presidente Rodolfo Landim pensa diferente sobre isso. Antes de finalizar seu mandato na equipe, que vai até o fim da temporada, o comandante tem como objetivo implementar a Sociedade Anônima na equipe carioca. Lógico que em moldes diferentes como ocorre no Botafogo, Vasco e Cruzeiro, mas tiraria a autonomia total do clube.

Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo

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SAF é uma boa opção no Mengão?

Diante disso, Landim crava que o clube só lucraria com isso e manteria o crescimento dentro e fora de campo. “Essa palavra SAF é complicada. Ela traz uma percepção para as pessoas porque elas não conseguem dissociar a palavra SAF do modelo SAF que tem no Brasil, que veio para salvar clubes. Quando fala em SAF, pensa no Botafogo, Cruzeiro e Vasco, que eram clubes que precisavam de dinheiro para pagar conta de água, que estavam com tudo atrasado”.

Foto: Paula Reis / Flamengo

“É difícil imaginar você estruturar o modelo de uma empresa, com participação não majoritária, porque quem é dono do Botafogo é o Textor, quem toma decisão no Vasco não é o Pedrinho, que foi colocado pelos sócios, é o Josh, ele que manda. Não é esse modelo. O Flamengo nunca vai deixar de ser o clube plural, que você tenha sócios para escolher o mandatário, como é o Bayer”, apontou.

Landim quer continuar ter poder no Fla?

Diante da falta de necessidade de que o Flamengo se torne SAF ou tenha qualquer tipo de apoio desta forma, a insistência de Landim chegou a ser cogitado de que poderia ser a possibilidade dele conseguir permanecer por mais tempo no poder no Rubro-Negro. “Já falaram isso. Pensam isso. Não tem problema nenhum, eu assino um papel de que jamais serei CEO de SAF alguma, com o maior prazer. Isso não é pessoal, é um problema estrutural. Eu quero o Flamengo bem”.

Foto: Paula Reis / Flamengo

“Estou dedicando seis anos da minha vida ao Flamengo, eu poderia estar trabalhando e ganhando dinheiro. Mas faço isso pelo fato de que entrei com um grupo de malucos que veio comigo para cá. Isso aqui é um sonho nosso. De fazer alguma coisa por algo que é importante na nossa vida. Isso é difícil de explicar porque o Flamengo tem essa dimensão na vida, mas tem. O que eu acho é que, se eu tiver alguma coisa a mais para contribuir para o Flamengo depois desses seis anos, e é algo que eu tenho discutido com alguns sócios para ver se ajudo a fazer, são essas transformações estatutárias que permitam dar um pouco de segurança a continuidade de uma gestão com disciplina de capital no clube”, finalizou.

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Foto: Gilvan de Souza /CRF - O presidente do Flamengo não assumiu, mas sentiu a pressão da torcida
Foto: Gilvan de Souza /CRF – O presidente do Flamengo não assumiu, mas sentiu a pressão da torcida

Flamengo tem movimentações nos bastidores

Flamengo vem passando por uma fase conturbada com sua torcida, diante do que vem apresentando dentro de campo. Mesmo após encerrar sequência negativa de três jogos sem vencer, superando o Amazonas no jogo de ida da Copa do Brasil, por 1 a 0, na última quarta-feira (1), no Maracanã, não isentou o elenco e a comissão técnica das vaias no decorrer do segundo tempo. Entretanto, o problema não está apenas dentro de campo.

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Isso porque, em entrevista ao portal GE, o presidente Rodolfo Landim destacou que é à prova de pressão e apresentou um temor de que vá assumir a presidência do Flamengo não tenha a mesma responsabilidade financeira com o clube. Mas, o balanço aprovado nesta semana pelo Conselho Deliberativo do Flamengo prova o contrário.

Landim e Braz, dirigente do Flamengo - Foto: Alexandre Vidal/CRF
Landim e Braz, dirigente do Flamengo – Foto: Alexandre Vidal/CRF

As despesas operacionais com o futebol do Flamengo em 2023 estouraram o orçamento. E o fator principal para que isso acontecesse foram as decisões do presidente em resposta à pressão que a torcida realizou, que resultou nas demissões dos técnicos Vitor Pereira e Jorge Sampaoli. Ambos fizeram um trabalho bem abaixo no clube, em um ano sem conquista de títulos mesmo diante do investimento no elenco.

Não sede a pressão?

Detalhado no relatório que foi apresentado ao conselho apontou que houve “incremento das despesas operacionais acima do orçado, principalmente por rescisões das comissões técnicas de Jorge Sampaoli e Vitor Pereira”, que custaram R$ 29 milhões juntas ao Flamengo. Esse valor, inclusive, corresponde a cerca de 2% da receita em 2023. Por conta disso, os conselheiros chegaram a pedir a abertura de inquérito contra Landim.

Foto: Landim / Divulgação

Isso porque, juntando os mandatos do presidente no Flamengo, os gastos com rescisões contratuais de técnico superaram R$ 50 milhões. Antônio Alcides, presidente do Conselho Deliberativo e aliado de Landim, negou a abertura do inquérito alegando a contratação e demissão era prerrogativa do presidente.