“Tudo certo”; Braz dá o ”ok” e Flamengo fecha com sua segunda contratação da temporada

Marcos Braz

Nesta segunda-feira (9), o Flamengo anunciou a assinatura de pré-contrato com o goleiro Agustín Rossi do Boca Juniors. Ao todo, o arqueiro tem acordo até o ano de 2027. Agora, o Rubro-Negro carioca aguarda a liberação do clube argentino para já contar com o jogador. Vale lembrar que o Boca tem o atleta em contrato até o mês de junho.

Segundo informações do Globo Esporte, o Mais Querido pretende investir US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão) na compra de Rossi. Na meta do Flamengo, tem Santos como titular e os reservas Hugo Souza e Matheus Cunha.

A contratação do goleiro incomoda um certo setor da torcida Rubro-Negra. O Flamengo da Gente é uma organização que é totalmente contrária que Agustín Rossi vista o Manto Sagrado. Isso porque o goleiro tem histórico de agressão à ex-namorada.

Mais uma vez, o Flamengo associa seu nome à possível contratação de um jogador com histórico de violência contra a mulher. Desta vez, o goleiro argentino Agustín Rossi.
Rossi foi acusado de agredir e ameaçar de morte a ex-namorada, o que, inclusive, causou a desistência de sua contratação pelo time Minnesota United, da MLS, em 2019.

Com essa negociação, a diretoria do Flamengo reitera que eventual conduta criminosa de atletas não é empecilho à sua contratação, mesmo que isso vá de encontro com o mínimo ético, ou viole regras básicas de compliance. Aliás, compliance deveria ser ferramenta importante em um clube que se pretende profissional, inclusive para atrair patrocínios que não dependam de articulações políticas obscuras.

Mas o que esperar de uma diretoria que não possui limites éticos no uso do clube pra fins políticos pessoais? De uma diretoria que chancela a xenofobia de sua diretora de responsabilidade social? Aliás, o que tem a dizer a diretora de responsabilidade social sobre esse tipo de contratação?
Urge ao Flamengo assumir o protagonismo no fomento a uma cultura responsável com relação às violências que atingem a imensa maioria de sua Nação, como o machismo, racismo, homofobia e xenofobia. Essa é a luta do FdG!

Rossi pode ser o segundo atleta com histórico de violência a ser contratado por essa diretoria no período de seis meses. E não podemos esquecer da tentativa recente de contratação de treinador condenado por estupro.
Essas atitudes põem em risco o movimento recente de profissionalização do clube, e o atual elenco vem provando nos últimos 4 anos que não é preciso abrir mão das melhores práticas de condutas para ser campeão.

Nunca é demais lembrar que a trajetória do goleiro Bruno no Flamengo passou pela negligência da diretoria em relação a episódios anteriores ao feminicídio pelo qual ele foi condenado e que já indicavam o comportamento misógino do atleta. O fim trágico todos nós lembramos.

O Flamengo está disposto a correr mais esse risco? Nós não estamos!

A violência de gênero deve ser combatida de forma exemplar e é dever do Flamengo estabelecer esse padrão cultural para todos que representam o nosso Manto, inclusive com previsão contratual.

O FdG rechaça e condena a contratação do goleiro Augustin Rossi e reforça seu compromisso em defesa de um Flamengo que respeite e proteja a pluralidade de nossa torcida.