Uma cena lamentável aconteceu, um torcedor do Flamengo foi preso após assediar Jessica Dias, repórter da ESPN, antes do jogo desta quarta-feira no Maracanã, válido pela semifinal da Libertadores.
O nome do torcedor não foram divulgado. O homem deu um beijo não autorizado na bochecha de Jessica enquanto ela acompanhava a chegada da multidão do lado de fora do estádio e transmitia ao vivo pelo canal.
Segundo a ESPN, a equipe que acompanhava Jessica conseguiu pegar o assediador e pediu aos policiais da PMRJ, que o levasse à delegacia. Na quarta-feira, foi realizada audiência de custódia no Juizado Especial Criminal e decretada sua prisão.
O Flamengo e a ESPN repudiaram a atitude do rubro-negro.
“O Clube de Regatas do Flamengo repudia o assédio cometido por um torcedor rubro-negro com a jornalista da ESPN Jéssica Dias durante reportagem antes da partida desta noite. É lamentável que atos repugnantes como este, que não representam a Nação Rubro-Negra, ainda aconteçam.”
Também em nota, a ESPN afirmou que “a repórter Jéssica Dias foi vítima de assédio na porta do Maracanã, onde trabalhava na cobertura de Flamengo x Velez”.
“Atitudes como essa não cabem hoje no nosso planeta, seja em um jogo de futebol ou na casa de qualquer mulher. Nossa equipe que acompanhava a Jéssica conseguiu segurar o agressor e pediu à polícia que o encaminhasse para a delegacia do Maracanã.
Jéssica, como toda mulher deve fazer, registrou boletim de ocorrência. A ESPN e a Disney repudiam qualquer tipo de agressão contra as mulheres. A empresa vai dar todo apoio a repórter e espera que o agressor seja punido com todo o rigor que a lei permite.”
A repórter Jéssica usou suas redes sociais e se pronunciou após o ocorrido. Ela descreveu a expectativa da torcida para o jogo que garantia a vaga na final da Libertadores, quando o homem a beijou sem o seu consentimento.
Em sua conta do Instagram, Jéssica Dias relatou que lidou com outros momentos tensos antes e durante o link ao vivo. ‘Foi só um beijinho no rosto. Não. Não foi. Antes tiveram muitos xingamento e importunação porquê o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os ‘pedidos de desculpa’ com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração’, iniciou.
‘Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera o chamou a atenção dele. O último ato foi o beijo no rosto. Que poderia ter sido na boca e não mudaria nada. Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime. Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar 3h em uma delegacia. Eu só queria trabalhar. O ser humano que fez isso estava com um filho menor de idade que se desculpou pelo pai’, lamentou a repórter, que elogiou a atitude do filho do homem.
‘O menino não tem culpa, não punam a família dele. Eu agradeço todo apoio e carinho dos meus chefes, colegas, torcedores, telespectadores e ouvintes. Dois HOMENS de caráter, que foram atrás do cara e ficaram comigo durante todo tempo’, concluiu ela.
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