OPINIÃO: Que papo é esse?

Por Gabriel Lessa

Adeus ano velho

Um ano de títulos, crises, sucessos, devaneios e loucuras. Nada de atípico para o Flamenguista.

E no apagar das luzes uma bomba daquelas! Douglas Costa está na mira do Flamengo. Foi até
visto almoçando com o Sr. Marcos Braz.

Notícia essa que mexeu com o brio dos torcedores nas redes sociais.

A rejeição é palpável.

Os “especialistas” bradam aos quatro ventos: Fez apenas 4 gols em 29 jogos pelo LA Galaxy! Vive
no Departamento médico! Deu tal declaração sobre o Flamengo em tal podcast! Que absurdo!

A não ser que venha ganhando um salário muito baixo, com contrato curto de no máximo 1 ano, Douglas Costa é uma opção ruim.

O cara tava nos EUA, jogou 50 jogos e fez 4 gols po.

— Edson Leal (@edsonleal27) December 23, 2022

Claro que as análises só vão até aí.

Afinal, jogador que não vai bem no cartola só pode ser ruim.

Ninguém sabe a condição física do atleta, quantos passes que geraram situação de gol, chutes
que levaram perigo, quantos quilômetros corridos por jogo, conduta profissional ou neca de
pitibiriba.

Eu poderia vir aqui e fazer um detalhamento para você leitor.

Sobre como foi sua passagem pelo clube norte-americano, saindo do raso, com detalhes apurados e
estatísticas sobre seu desempenho do ano de 2022.

Mas não o farei por dois motivos:
1) Eu não ganho pra isso
2) Esse texto não é sobre o Douglas Costa

Pra começo de conversa: Eu tô contigo, tá?

Douglas Costa? É sério? Que maluquice… Ele só fez 4 gols em 29 jogos, pô.

Dito isso, O Flamengo tem um centro de inteligência cujo trabalho é analisar profundamente o
desempenho de atletas. E eu acredito que esse trabalho vá além de uma pesquisa no Google.

O que me preocupa de verdade (além de um atacante com histórico crônico de lesões) é a
atitude que a diretoria terá diante da repercussão negativa.

Se o departamento de futebol fez uma análise criteriosa e o resultado é um consenso entre os
profissionais do clube de que a contratação do atleta é algo benéfico para o elenco, recuar do
investimento por causa dos ecos descontentes é amadorismo.

E amadorismo, por aqui, não tem mais vez.

“Trata-se de reduzir as coisas a um número. Usando as estatísticas da maneira como as lemos,
encontraremos valor em jogadores que ninguém mais pode ver.” (Peter Brand no filme
Moneyball)

Feliz ano novo!

SRN