OPINIÃO: A lição após a derrota

O jogo contra Al-Hilal que aconteceu nesta terça-feira, 07, deixou os torcedores tristes e irritados devido à atuação do time. Há quem diga que o árbitro de campo exagerou nos cartões, outros criticam a postura omissa e infantil de alguns atletas. E diante das derrotas, o trabalho do técnico Vítor Pereira está sendo questionado e a cobrança já chegou à diretoria do clube Rubro-Negro. Todavia, os últimos jogos expuseram o óbvio, Campeonato Carioca não é parâmetro, o time precisa ter raça e técnica. Não adianta ter um elenco milionário e não saber usar as peças.

Até os torcedores mais otimistas já estão apreensivos com o início da temporada. Em duas competições o Flamengo foi eliminado de forma vexatória e não pela derrota, mas pela forma que enfrentou seus adversários. Na última competição, semifinal do mundial de clubes, jogadores como Matheuzinho, Gerson e Pulgar não tiveram um bom desempenho.

E para completar, o treinador continua realizando substituições que não geram efeitos na partida. A lição que ficou após a derrota para o Palmeiras e a eliminação contra o clube asiático é que o time precisa evoluir, jogadores que são responsáveis pela criação de jogadas como Everton Ribeiro e Arrascaeta carecem de reservas à altura, pois assim o time não sofrerá um grande impacto com a ausência deles.

E apesar dos critérios utilizados pelo Juiz (ou a falta de critérios), os atletas cometem faltas infantis com muita frequência, não vamos esquecer do cartão do Gabriel Barbosa ao tirar a camisa após o gol, ainda no primeiro tempo na Supercopa, ou até mesmo o toque de mão do Everton Ribeiro dentro da grande área, além dos cartões que culminou na expulsão do Gerson na disputa pelo Mundial. São falhas que podem ser corrigidas.

O duelo pela terceira colocação acontecerá no sábado,11, e não importa quem esteja do outro lado da linha, o Flamengo tem que dar uma resposta à torcida. É muito dinheiro investido. Cadê a raça que já vem injetada nas veias do jogador do Flamengo? É preciso ter orgulho de vestir esse manto. É preciso sentir vergonha quando perde, sobretudo, quando perde sem lutar. Não há mais tempo de ter uma pausa para corrigir, é necessário fazer ajustes no caminho. Assim sendo, cabe ao elenco e a comissão técnica se reestruturar para as próximas competições.