Mesmo com a vitória por 3 a 1 contra o Volta Redonda, o técnico Vitor Pereira foi contestado pela torcida, após algumas mudanças na equipe, principalmente com a saída de Everton Ribeiro para a entrada de Vidal. Mesmo com a alteração, o time não conseguiu ter mais consistência defensiva e sofreu no primeiro tempo contra o time do Volta Redonda. Para o jornalista André Rocha, o teste não deu certo, mas não exatamente por conta da mudança feita por Vitor Pereira, alertando para a questão física dos outros meias da equipe do Flamengo.
Vitor Pereira não barrou Everton Ribeiro. O treinador só fez uma experiência dentro da continuação de pré-temporada que são os estaduais. Curioso que os mesmos que exigem a manutenção de alguns titulares em todos os jogos são os mesmos que reclamam de queda de produção lá em outubro ou novembro, quando os atletas chegam com quase 60 partidas nas pernas. O teste não deu certo porque Thiago Maia e Gerson estão mal fisicamente e a ideia de Vidal como volante mais fixo pode até qualificar a saída de bola, porém torna o time ainda mais frágil na transição defensiva.
André Rocha
O jornalista também citou o desafio para Vitor Pereira fazer o time funcionar levando em conta a característica dos jogadores. De acordo com André, a dificuldade da equipe é usar os lados do campo, mesmo com os meias criativos da equipe jogarem mais por dentro, sendo assim os laterais Matheuzinho e Ayrton Lucas devem cumprir esse papel. Citando os problemas do Rubro-Negro, o jornalista citou a equipe do Liverpool, que consegue resolver bem essa questão.
Outro desafio do treinador português é fazer o Flamengo chegar ao fundo pelos dois lados do campo. Como o quarteto ofensivo trabalha muito por dentro e antes era Bruno Henrique quem buscava as infiltrações pela esquerda, agora Ayrton Lucas precisa fazer essa compensação, assim como Varela ou Matheuzinho do lado oposto.
André Rocha
Não é fácil equilibrar um time que ataca com quatro por dentro, dois por fora e mais um no apoio. Só para citar um exemplo, o Liverpool de Jürgen Klopp, nos bons tempos, entrava no campo adversário com os laterais Arnold e Robertson por fora, o trio de ataque por dentro (Salah, Firmino ou Jota e Mané), mas tinha três meio-campistas prontos para ajudar os zagueiros. Sem contar a eficiente pressão no campo de ataque, logo após a perda da bola.
André Rocha, jornalista do UOL Esporte.
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