Durante a partida de domingo (8) entre Flamengo e Vitória, a Nação se despediu de um de seus maiores ídolos, Gabigol. Após seis anos e 13 títulos conquistados, o Predestinado deixa o clube carioca, com uma festa de despedida que desagradou o jornalista Mauro Cezar Pereira.
MCP criticou a comemoração de despedida de Gabigol ocorrer durante um jogo que ainda valia três pontos no Brasileirão, mesmo que a situação de Flamengo e Vitória já estivesse definida, impossibilitando ambos de subir ou descer na tabela.
“Essas festas de despedida em jogo valendo três pontos, como teve mais uma, e não foi a primeira, tomara que tenha sido a última, também não combina, é jogo valendo três pontos”, disparou o jornalista.
Mauro Cezar também mencionou uma declaração de Alerrandro, o artilheiro do Vitória no jogo que terminou empatado em 2 a 2, que ao término do primeiro tempo declarou que a comemoração era apenas do lado rubro-negro e que os baianos entraram em campo para jogar a sério.
“Houve uma frase do Alerrandro, atacante do Vitória, no intervalo, na transmissão do jogo, que não pode passar assim em branco, sem um comentário, disse ele: para eles é festa, para a gente não, nós somos profissionais, o jogo está valendo. E é isso, o Flamengo passa a mensagem para o adversário, diz que ele está ali para festejar. Festejar o quê?”, comentou.
Embora Mauro Cezar seja contra a organização de uma despedida patrocinada pelo Flamengo para Gabigol, ele defendeu que a ação fosse conduzida apenas pela torcida, sem a exigência de levar taças ao estádio, camisas e ingressos personalizados, entre outros.
“Ora, se a torcida quisesse fazer uma festa para o Gabriel, ok, a manifestação popular ela deve ser respeitada, ela deve acontecer. Então, se a torcida quisesse festejar, levar a bandeira, a faixa, gritar o nome dele, agora o clube colocar aquelas taças todas como se ele tivesse vencido aquilo sozinho, ingresso personalizado, camisa personalizada, placa antes do jogo”, disse MCP.
Adicionalmente, o jornalista mencionou o instante em que Gabigol desprezou o agora ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e afirmou que o dirigente que foi bem feito pela atitude do atacante.
Ao entregar uma placa a Gabriel, Landim estendeu a mão para ser saudado, porém foi desconsiderado pelo atleta. Ambos possuem uma espécie de conflito devido a desentendimentos que resultaram na não renovação do contrato do atleta com o Flamengo.
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo
“Ele deixou o Landim no vácuo ali, foi um negócio constrangedor, bem feito para o Landim também, porque a gente sabe que ele (Gabigol), como declarou no final do jogo, de saco cheio da diretoria, reclamando que tem palavra, que não tiveram palavra… E os dirigentes também estão cansados dele há muito tempo, a gente sabe disso, então no meio disso tudo, uma verdadeira hipocrisia. Flamengo patrocinou isso preocupado com a eleição”, declarou Mauro Cezar.