O Flamengo, uma das grandes potências esportivas mundiais, tem chamado a atenção de investidores do outro lado do planeta. O fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, Mubadala Capital, quer investir na detenção de 12,5% dos direitos comerciais e de mídia do Mais Querido. Por outro lado, o clube sinalizou que a proposta foi rejeitada.
“Hoje, o Flamengo considera que as condições apresentadas aos clubes não valem a pena. Nos preocupa ver notícias de que clubes estão fechando contratos de 50 anos. No Flamengo, fizemos os cálculos, as eleições são de três em três anos. Um contrato desses pegaria os próximos 18 presidentes. Em 50 anos, sabemos que esse mercado mudará completamente. Nos últimos dez anos, mudou demais”, disse o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Flamengo, Gustavo Oliveira, antes de imaginar uma possível venda por R$ 200 milhões por cinco décadas.
“Se você divide pelo período de duração do contrato, dá R$ 4 milhões ao ano. Então, multiplica por cinco para fazer o valuation (já que é 20%) e teremos R$ 20 milhões anuais. São valores muito pequenos para esse mundo espetacular que é o futebol brasileiro”, acrescentou Gustavo, em entrevista ao site ‘Máquina do Esporte’.
No entanto, a Mubadala Capital é um grupo de investimento que comprou os direitos comerciais de uma nova organização que está a ser criada no país. A Liga Brasileira de Futebol (Libra) negociou e concedeu aos Emirados Árabes Unidos a distribuição e venda exclusiva da transmissão do campeonato. Por outro lado, Gustavo Oliveira vê esta manobra como prejudicial para os clubes.
“É muito mais do que isso. Hoje, por exemplo, os direitos de imagem e de marca estão crescendo muito. Imagine o que representa o direito de usar os dados que temos disponíveis no clube, com mais de 60 milhões de seguidores nas redes. Isso possui um valor enorme e, com o tempo, valerá mais ainda”, concluiu.
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