O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, entrou no canal Mundo GV e falou sobre Jorge Jesus, sua ida para o Fla, para o Benfica e a possibilidade de um retorno no futuro.
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Chegada de Jorge Jesus
“Proposta mesmo, de quem pegou avião e foi lá com essa finalidade, foi o Flamengo. O Atlético-MG, de fato, acho que foi mais contundente que o Vasco nesse processo. Até porque, ele (Jorge Jesus) passou uma semana aqui e foi ver um jogo do Atlético (se não me engano contra o Flamengo). E ele veio por conta própria. Nós já tínhamos esboçado ir para cima dele, mas não era o momento adequado.”
“Não (foi indicação de ninguém). Se não me engano, o Baidek tinha me alertado que Jorge Jesus estaria voltando, ou tinha acabado de voltar para Portugal… Eu sou português, tenho dupla nacionalidade, sempre acompanho o futebol português e conhecia o Jorge Jesus. Tinha amigo em comum, mas como a gente nunca tinha pensado… Eu conhecia, e em determinado momento eu falei com Bruno (Spindel), ele também gostava da ideia de trazer um técnico estrangeiro, e a gente foi encontrar o Jorge”.
“Quando eu falei com Jorge Jesus, eu acho que foi amor à primeira vista. Ele perguntou se eu sabia do que estava falando sobre ele treinar time brasileiro. Fomos conversando, as coisas foram acontecendo, e o Jorge acreditou no projeto. Acreditou no Flamengo, viu o tamanho do Flamengo… Jorge acreditou e foi lá. Qualquer coisa diferente é conversa fiada, mesmo que tenha um bobão ou outro… Sempre que deu errado, fui eu que trouxe. Quando deu certo, foram 30 que trouxeram (risos)”, disse Marcos Braz.
Jorge Jesus sonhava em voltar para o Benfica
“No começo da pandemia, uma imprevisibilidade enorme. Ninguém sabia quando teria vacina, se seriam eficazes. Em determinado momento, ele achou que deveria voltar para o país dele. Era o grande sonho dele voltar a treinar o Benfica, ele já tinha me falado várias vezes. Nada tinha a ver com o Flamengo. Era de vida, experiências dele… E ele tinha uma questão central de voltar para o Benfica por um determinado período. E talvez, se ele não voltasse, naquele momento, pela idade, pelas conjunturas políticas de um clube, enfim. Era o momento, acho. Não sei se bom ou ruim para ele. Pra gente, foi muito ruim, porque ele faz isso faltando 20 dias para começar o Brasileiro”.
“Enfim, para mim, a conversa mais dura foi quando ele oficialmente falou que ia voltar para Portugal. Quando ele decidiu, nós fomos almoçar e ele começou a falar. Eu falei: ‘Jorge, não precisa me dar explicação. A gente podia estar conversando aqui (eu usei um palavrão), mas não está. A gente é campeão brasileiro, da Libertadores, da Recopa. Deu certo, o projeto deu certo’. Ai ele chorando, eu chorando. Nós comemos, ele levantou, eu avisei oficialmente ao Landim… Depois disso, o Flamengo foi campeão brasileiro, da Libertadores, perdeu uma Libertadores. Então, acho que a vida seguiu. Ele foi pro Benfica, acho que as coisas não foram da maneira que ele entendia”.
Volta de Jorge Jesus
“Ele não prometeu. Pela parte financeira, você não consegue trazer ele nem um minuto para treinar o Flamengo (pelo que ganha no Al-Hilal), você começa o 5×1 na moeda, premiação… O que ele falou para mim, no churrasco que fizemos para ele: ‘Braz, eu vou voltar a treinar esse clube’. Mas, não falou me prometendo. Era um tom mais de carinho do que de promessa. Ai ele me abraçou”, revelou Marcos Braz sobre uma possível volta do português.
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