De acordo com o GE, a eliminação do Flamengo na Copa Libertadores para o Olimpia trouxe à tona um problema recorrente no clube: a crescente distância entre o técnico Jorge Sampaoli e os jogadores. Após a derrota, o treinador argentino optou por se isolar com a comissão técnica no vestiário, evitando qualquer interação com o restante do elenco durante todo o período pós-jogo.
Internamente, essa postura tem gerado grande insatisfação entre os jogadores, que questionam a maneira como Sampaoli lida com situações de crise. Um dos episódios mais emblemáticos foi a agressão do ex-preparador físico Pablo Fernández a Pedro. A neutralidade de Sampaoli diante desse incidente aumentou ainda mais o distanciamento entre ele e os atletas.
No entanto, é importante ressaltar que existem vozes discordantes dentro do elenco. Alguns jogadores apreciam os métodos de treinamento implementados pelo treinador argentino, chegando a afirmar que são os melhores desde a saída de Jorge Jesus. Para esses atletas, os treinos sob o comando de Sampaoli são até superiores aos tempos de Jesus.
Apesar das dificuldades enfrentadas, a diretoria do Flamengo não tem a intenção de demitir Sampaoli neste momento. O clube reconhece que a atual fase negativa não é exclusivamente culpa do treinador e atribui parte da responsabilidade à queda de rendimento e à postura passiva de alguns jogadores-chave do elenco.
Sampaoli ainda permanece no comando da equipe devido à qualidade dos treinos que proporciona, bem como ao desejo de continuidade manifestado por dirigentes importantes e lideranças dentro do elenco. No entanto, a incerteza persiste quanto à duração desse apoio e ao quanto mais a relação entre o técnico e os jogadores poderá ser preservada. O cenário de crise na Gávea parece estar novamente em pleno vigor, levando a questionamentos sobre o futuro do time e das relações internas.
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