História do Clube de Regatas do Flamengo

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Wagner Meier (Getty Images)
Wagner Meier (Getty Images)

História do Clube de Regatas do Flamengo

Do remo pra bola

Na época da fundação do Clube de Regatas do Flamengo, o remo reinava absoluto como esporte favorito dos cariocas, porém, em pouco tempo, outra modalidade começou a rivalizar pela preferência da população: o futebol. Em 1911, se iniciava uma briga interna no Fluminense. Alguns jogadores estavam convictos em trocar de clube, outros até cogitavam abandonar o esporte. Foi quando Alberto Borgeth, um dos jogadores tricolores, fez a proposta de criar um setor de futebol no Flamengo, onde já atuava também, porém, como remador.

A ideia foi aprovada, e no dia 8 de novembro de 1911, foi criado o departamento de esportes terrestres do Flamengo. O time Rubro-negro chamava atenção por onde jogava, e estava caminhando para ganhar enorme popularidade. Na época, o Flamengo fazia da Praia do Russel, seu centro de treinamento. Em três de maio de 1912, o Clube de Regatas do Flamengo fazia sua primeira partida na história: uma goleada encaçapante de 15 a 2 sobre o Mangueiro, no campo do América-RJ. O plantel rubro-negro naquele jogo foi formado por, Baena, Píndoro e Nery; Coriol, Gilberto e Galo; Bahiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo e Borgerth.

Primeiro título e primeira camisa

Após a rápida ascensão do time flamenguista, não demorou muito para vir o primeiro título em 1912. O Mais Querido ganhou seu primeiro Campeonato Carioca. A conquista veio com uma rodada de antecedência, após a vitória de 2 a 1 sobre o Fluminense, que futuramente, viria se tornar um grande rival. Riemer foi o autor do gol do título.

A primeira camisa do futebol foi a “Papagaio de Vintém”, quadriculada em vermelho e preto. Em 1914, a equipe passou a atuar com a “Cobra-Coral”, que tinha listras horizontais rubro-negras convivendo com listras mais finas e brancas e foi utilizada pela equipe do primeiro título estadua (na foto). O manto Sagrado passou a ter apenas listras horizontais vermelhas e pretas a partir de 1916, quando o novo uniforme estreou em uma vitória de 3×1 sobre o São Bento, de São Paulo.

O primeiro tricampeonato carioca

Coordenado pelo professor Flávio Costa, o Flamengo conquistou seu primeiro tricampeonato carioca, na década de 40. Em 1942, aquele campeonato não só simbolizava o título, mas também, o impedimento de um tricampeonato do Fluminense. Comandado dentro de campo por um dos maiores jogadores rubro-negros da história: Thomaz Soares da Silva, o nosso Zizinho, que estava acompanhado com craques como Domingos da Guia, Biguá, Bria, Jayme, Valido, Pirillo e Vevé.

Em três anos, foram 44 vitórias e incríveis 188 gols marcados, sendo apenas seis derrotas. O time obteve a incrível média de três gols por jogo. Pirillo foi o artilheiro dessa seleção, 46 gols anotados pelo atacante rubro-negro. O tri veio com a categoria e a raça de Valido: aos 30 anos, o ponta direito argentino voltou ao futebol e marcou o gol da conquista de cabeça, aos 41 minutos do segundo tempo da final contra o Vasco, diante de 20 mil torcedores na Gávea.

Segundo tri e década de 50

O sangue paraguaio foi importantíssimo na conquista do segundo tricampeonato rubro-negro. Vindo do país vizinho, o lendário técnico Fleitas Solich trouxe os conterrâneos Chamorro e Benítez. Os quatro uniram-se a uma grande geração que contava com Pavão, Jodir, Dequinha, Jordan, Joel, Rubens, Paulinho, Índio, Evaristo, Esquerdinha, Zagallo e Dida, arilheiro que foi grande ídolo de infância de Zico. O terceiro título veio na decisão contra o América, em três partidas. Na primeira, vitória de 1×0; na segunda, uma surpreendente derrota por 5×1; e, na finalíssima, o troco com goleada rubro-negra por 4×1.

Década de 70 e 80

O terceiro tri do Flamengo foi a primeira grande conquista da equipe mais vitoriosa da história do clube. Liderada por Zico, a geração de Adílio, Rondinelli, Tita e Júnior, reforçada pelos experientes Raul e Carpegiani, ganhou tudo o que foi possível no Rio, no Brasil, na América do Sul e no Mundo.

Em 1978, o título em cima do Vasco veio com o épico gol de cabeça do zagueiro Rondinelli, o Deus da Raça, que testou com força o escanteio cobrado por Zico para bater o goleiro Leão e impedir o bicampeonato do rival. No incio do ano seguinte, em meio a incerteza sobre o Campeonato Brasileiro, a Federação do Rio decidiu organizar um campeonato que ficou conhecido como “Especial”, e seus dois turnos foram vencidos pelo Flamengo, de forma invicta, tendo Zico como artilheiro. Desta forma, 1979 teve dois campeonatos estaduais, mas apenas um campeão: o segundo torneio teve três turnos e novamente todos foram vencidos pelo Flamengo, de novo com Zico consagrando-se artilheiro.

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O Brasil é rubro-negro

Em 1980, o Flamengo pintou o Brasil de vermelho e preto pela primeira vez. O Brasileiro daquele ano foi disputado por 40 equipes, em quatro grupos de dez. Os sete primeiros, avançaram para a segunda fase junto com os quatro primeiros colocados na primeira fase da Taça de Prata. As 32 equipes foram divididas em oito grupos com quatro em cada. Na terceira fase, em turno único, o primeiro colocado de cada um dos quatro grupos passou para a semifinal. O Adversário foi o Coxa. O Mengão venceu as duas partidas e se classificou para enfrentar o Atlético Mineiro na decisão.

Flamengo foi a campo sem seu principal jogador. Zico estava fora da decisão, por conta de uma lesão muscular. Na partida de ida, o Flamengo saiu derrotado por 1 a 0 no Mineirão. Porém, no segundo jogo, Nunes tratou de abrir o placar e deixar tudo igual no agregado. Aos 44 da primeira etapa, Zico colocou o Flamengo à frente aos 44, após aproveitar chute de Junior e mandar para o fundo do gol de João Leite. No segundo tempo, aos 11, minutos, Reinaldo, que estava machucado, fez seu segundo.

O lance do título, foi pintado aos 37 minutos do segundo tempo. O Flamengo já tinha um jogador a mais depois da expulsão de Reinaldo. Nunes recebeu pela ponta esquerda, fez jogada individual, invadiu a área e marcou o gol do título. O Galo terminou com oito jogadores, porque Chicão e Palhinha também receberam o vermelho.

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A América pela primeira vez

Após se tornar campeão do Brasil pela primeira vez, o flamengo de Zico e companhia alçou um voo mais alto, e acabou pousando com as mãos na taça da Conmebol Libertadores. Após atropelar times bolivianos e colombianos durante a competição, o Flamengo chegou embalado na grande final, que seria disputada contra o Cobreloa.

No primeiro jogo, no Maracanã, o Flamengo saiu na frente com dois gols de Zico, enquanto Merello descontou para o time de Calama. No segundo jogo, no Estádio Nacional de Santiago, o Cobreloa abusou da violência, o zagueiro Mário Soto chegou a abrir os supercílios do volante Andrade e do ponta Lico. E Merello, de novo, marcou o dele, que garantiu a vitória do Cobreloa. No jogo-desempate, no Centenário de Montevidéu, Zico marcou os dois gols que garantiram a vitória do time brasileiro. Aliás, o jogo não terminou, porque Anselmo foi expulso 40 segundos depois de entrar, porque nocauteou Mário Soto e os jogadores passaram a trocar empurrões. De qualquer maneira o Flamengo ficou com a Libertadores, e logo na estreia do rubro-negro.

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O Mundo é do Flamengo

Após fazer história em seu continente, o Flamengo buscava o mundo. Pela frente, o Liverpool, que na época era conhecido a máquina vermelha, por conta do seu vitorioso histórico em competições europeias. Em cinco anos, foram três títulos de Uefa Champions League, porém, todo esse repertório não foi forte o bastante para segurarem o embalado Flamengo, que envolveu completamente o Liverpool e aplicou um três a zero com uma certa facilidade. Nunes, o artilheiro das decisões, cravou duas vezes, Adílio também assinalou e fechou a conta.

https://www.youtube.com/watch?v=ogE5nVH8MVw

A década do Mengão

Depois de vencer a Libertadores e o Mundial no a no anterior, o Flamengo manteve a base vencedora e chegou ao bicampeonato vencendo na final o Grêmio, campeão do ano anterior. No primeiro jogo da final, no Maracanã, Zico marcou o gol do empate em 1×1 nos últimos minutos. O Grêmio poderia decidir a parada no Olímpico, mas não conseguiu sair do 0x0. Assim, a definição ficou para a teceira partida, novamente em Porto Alegre, e aí deu Flamengo. Zico, que havia previsto a vitória por 1×0 na véspera, fez o passe e Nunes, cumprindo sua vocação de Artilheiro das Decisões, marcou. O 1×0 foi o placar final e a equipe do técnico Paulo César Carpeggiani trouxe o troféu para a Gávea.

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Grande parte dos jogadores que haviam conquistados os grandes títulos das temporadas anteriores seguiram no elenco. Um reforço importante foi o centroavante Baltazar, que terminou a competição, como vice-artilheiro da equipe, com 13 gols, atrás de Zico, que fez 17. Carlos Alberto Torres era o técnico na partida decisiva, que aconteceu em 29/5/1983. O Flamengo atuou com Raul, Leandro, Figueiredo, Marinho e Júnior; Vitor Adílio, Élder e Zico; Baltazar (Robertinho) e Júlio César (Ademir).

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1987 É do Flamengo

Havia um clima de incerteza em torno da realização do Brasileiro de 1987. Com o risco da competição não acontecer por falta de recursos, os maiores clubes do país se uniram e acabaram organizando o campeonato de maior sucesso até então, com grande média de público e uma enorme repercussão entre os torcedores. E o quarto título do Flamengo veio de forma emocionante.

O Galinho Zico convivia com problemas físicos desde a grave contusão que sofreu pouco após seu retorno da Itália, em 1985. Ainda assim, teve forças para liderar uma equipe com veteranos e jovens de enorme talento. Renato Gaúcho, contratado como destaque junto ao Grêmio, completava a fórmula vencedora.

Apesar de hoje chamar atenção a escalação, em que 9 dos titulares disputaram Copas do Mundo, na época o Flamengo visto como azarão durante boa parte da competição, mas eliminou o favorito Atlético-MG nas semifinais e bateu o Internacional na decisão. Após empate em 1×1 na Beira-Rio, o time de Carlinhos, que foi campeão carioca pelo Flamengo em 1963 e 1965 jogando pelo meio-campo e assumiu como treinador durante o campeonato, venceu a última partida por 1×0 no Maracanã, com gol de Bebeto. No dia13 de Dezembro de 1987, o Flamengo entrou em campo de baixo de chuva para ser tetracampeão brasileiro com Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico (Flávio); Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. O artilheiro da campanha foi Bebeto, com 6 gols.

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Década de 90

O Flamengo conquistou seu primeiro título de Copa do Brasil no ano de 1990. Depois de bater o Bahia nas quartas de final e o Náutico na semifinal, a equipe dirigida por Jair Pereira enfrentou o Goiás na decisão. O zagueiro Fernando fez o gol da vitória no jogo de ida, em Juíz de Fora (MG), e com isso os rubro-negros jogariam pelo empate na partida decisiva, em Goiânia.

E foi mesmo com o empate que o título foi definido. Diante de mais de 45 mil pessoas no Serra Dourada, o Flamengou segurou o 0x0 que garantiu a conquista invicta; foram 6 vitórias e 4 empates. O centroavante Gaúcho foi o artilheiro do time, com 5 gols. Esta foi a primeira conquista de Júnior em sua segunda passagem pelo Flamengo, após retorno da Itália, motivo pelo desejo de que seu filho o visse atuando com o Manto Sagrado.

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O Flamengo é penta

Assim como em 1987, o título de 1992 contou com um veterano campeão do Mundo como líder de uma nova geração. Desta vez, o destaque foi Júnior que retornara dois anos antes da Itália, motivado pelo desejo de ter seu filho o assistindo jogar com o Manto Sagrado. O Vovô Garoto, que era lateral esquerdo em sua primeira passagem pela Gávea, passou a jogar no meio-campo e ser chamado de Maestro. Além da categoria em campo e da precisão nas cobranças de falta, Júnior foi importante também passando sua experiência para garotos como Júnior Baiano, Gelson, Rogério, Piá, Nélio, Marquinhos, Marcelinho, Djalminha e Paulo Nunes.

A final foi contra o Botafogo, que vinha de melhor campanha nas primeiras fases, mas não resistiu à grande atuação rubro-negra na primeira partida, vencida por 3×0. Júnior e Júlio César marcaram os gols no segundo jogo, que terminou 2×2 e selou a conquista. Carlinhos, campeão em 1987, novamente era o treinador.

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Década de 2000

A Copa do Brasil é rubro-negra novamente. Após um título carioca histórico de 2001, conquistado com o gol antológico de Petkovic, o Mengão voltou a conquistar um título nacional após um jejum de mais de década. Em 2006, pela primeira vez a Copa do Brasil foi decidida por dois clubes do mesmo estado. Enquanto o Flamengo havia passado por Atlético-MG nas quartas e Ipatinga nas semifinais para chegar à decisão, o Vasco eliminara outro rival local, o Fluminense, antes da final.

Assim, o Rio de Janeiro parou para assistir aos dois clássicos que decidiram o título. E o bicampeonato rubro-negro foi encaminhado na primeira partida com uma boa vitória por 2×0, gols de Obina e Luizão. Assim na segunda partida as arquibancadas do Maracanã eram totalmente dominadas pela torcida do Flamengo, que comemorou mais uma vitória e o título.

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O Urubu ressurge das cinzas

Com um elenco duro de roer, o Flamengo conseguiu uma retomada inacreditável, chegando a beirar a lanterna do Campeonato Brasileiro. A grande fase de Petkovic no campeonato coincidiu com o melhor momento na competição do centroavante Adriano, que terminou artilheiro com 19 gols. Os dois lideraram a arrancada que fez o time subir decisões na tabela até assumir a primeira colocação pela primeira vez apenas na penúltima rodada.

A disputa foi emocionante e, na última rodada, quatro equipes ainda podiam sonhar com o título. Ao Flamengo bastava ganhar do Grêmio no Maracanã para não depender de qualquer outro resultado e sair campeão. E foi o que aconteceu: os zagueiros David Braz e Ronaldo Angelim marcaram e definiram a vitória por 2×1.

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Década de 2010

A Copa do Brasil eu tenho três!

A campanha contou com grandes atuações da torcida rubro-negra. A partir das oitavas de final, a ligação entre campo e arquibancada foi imbatível e fez com que o Flamengo conseguisse superar adversários fortes, que vinham em grandes campanhas no Campeonato Brasileiro. Cruzeiro, Botafogo e Goiás foram batidos antes da grande final, contra o Atlético-PR.

No jogo de ida, em Curitiba, o volante Amaral marcou o gol do empate em 1×1. Na grande decisão, Elias e Hernane decidiram a vitória por 2×0, garantindo a conquista. Hernane, O Brocador, foi o artilheiro da campanha e da competição, com 8 gols.

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Olê Olê Olê Olê, Mister, Mister!

O Flamengo montou um grande time em 2019. Nomes como Gabigol, Bruno Henrique, De Arrascaeta, Rafinha, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Gerson e Pablo Marí chegaram a formaram a espinha dorsal do time que chegou ao título sob o comando do espetacular técnico Jorge Jesus, que também chegou ao clube em 2019. Foi uma campanha impecável e o título chegou com várias rodadas de antecedência. Foram recordes e mais recordes atingidos por uma equipe que, sem dúvida, ficou marcada na história do clube.

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Bi-brasileiro mais uma vez

O Mengão manteve a base de 2019 e conquistou mais um título brasileiro: o octacampeonato! Agora, sob o comando do técnico Rogério Ceni. Gabigol, Bruno Henrique, De Arrascaeta, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Everton Ribeiro, Diego Ribas, mais uma vez, se destacaram.

Como em 2009, o Mais Querido teve uma grande arrancada na reta final. Grandes vitórias como a sobre o Grêmio por 4 a 2, fora de casa, e sobre o Inter por 2 a 1, no Maraca, marcaram a campanha.

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Temporada de 2021

2021 começou com grandes expectativas para o Flamengo. No entanto, acabou sendo um ano frustrante, sem conquistar nenhum título importante na temporada.

Sob o comando do técnico Roger Ceni, o Flamengo começou o ano ainda disputando o Campeonato Brasileiro de 2020, que só terminaria no mês seguinte devido à pandemia de Covid-19.

Um mês em que o Flamengo foi bicampeão do Campeonato Brasileiro. Comandada por Roger Ceni, a equipe carioca conquistou o segundo título consecutivo do Brasileirão na temporada 2020.

Início da temporada 2021 para o Flamengo. O Clube da Gávea passou a realizar jogos válidos pelo Campeonato Carioca. .

O Rubro-Negros enfrentou o Palmeiras na final da Supercopa do Brasil. Após empate em 2 a 2, o Flamengo venceu por 6 a 5 nos pênaltis. O primeiro título do time carioca na temporada 2021.

FOTO: MARCELO CORTES / FLAMENGO

Temporada de 2022

O Flamengo em 2022 começou o ano com o “pé esquerdo”, durante o romantismo do técnico Paulo Sousa, não vislumbrava no horizonte as copas dos sonhos. Como sempre, a pressão foi sobre dirigentes, treinadores e jogadores, e mais uma vez veio a queda do técnico e dessa vez pelo retorno de Dorival Jr. O conhecido treinador voltou a equipe à caça dos títulos.

Foto: Gilvan de Souza

O Flamengo está mais uma vez em busca de um técnico estrangeiro para comandar o time, iniciando uma era romântica com Paulo Souza, que deixou o comando da seleção polonesa para disputar a Copa do Mundo diante do Rubro Negro Carioca. Sob o comando de Paulo Souza, o Flamengo disputou duas finais, Carioca e Supercopa do Brasil.

Foto destaque: Neto/Photo Press/Gazeta Press

O Rubro Negro conquistou o Campeonato Carioca em 2019, 2020, 2021 e buscava o tetracampeonato em 2022, mas foi ultrapassado pelo Fluminense ao terminar em segundo. Enfrentou o Atlético Mineiro na Supercopa do Brasil e também ficou com o segundo lugar. Ele fez uma boa partida, mas perdeu nos pênaltis para o time mineiro. Duas derrotas em duas decisões pesaram no currículo de Paulo Souza.

Ainda sem um time forte no campeonato, o Flamengo ficou sem enxergar caminho para o triunfo, com a famosa “crise da Gávea” muito criticada pelo técnico Paulo Sousa. Com escalações muito confusas, demonstrando um péssimo relacionamento com o elenco, sua permanência foi cada vez mais questionada, encerrando assim a era do romantismo. Sua saída foi polêmica, pois ainda arbitrava contra o Bragantino enquanto os dirigentes acertavam outro técnico. O técnico português está no comando do Flamengo há 31 partidas e conquistou um total de 19 vitórias, 7 empates e 5 derrotas.

Com a sáida de Paulo Sousa, que assumiu como Rubro Negro, foi Dorival Jr. quem chegou com muita incredulidade. O treinador já conhecia o clube e seus objetivos e logo mostrou a recuperação do time dentro de campo e voltou a deixar a torcida com esperança. Com um futebol ofensivo que é uma das principais características do Flamengo e que faz as delícias dos torcedores, Dorival teve um ótimo início, chegando até a conquistar a Libertadores. Um dos grandes momentos que lhe valeu a confiança dos adeptos foi o jogo frente ao Tolima na derrota por 7-1, sob a sua liderança somou 26 vitórias em 43 jogos, oito empates e nove derrotas.

O Flamengo sempre surpreende com bons reforços não só para o time titular, mas também para o reserva de luxo. 2022 não foi diferente, Santos (goleiro), Ayrton Lucas (lateral esquerdo), Fabrício Bruno (zagueiro), Pablo (zagueiro) e Marinho (atacante) chegaram no primeiro semestre. E no meio do ano, o Flamengo surpreendeu Everton com a chegada de Cebolinho (atacante) e Arturo Vidal (meio-campista). Outros nomes como Erick Pulgar (meio-campista) e Varela (zagueiro) chegaram para completar o elenco.

Uma das novidades mais importantes e marcantes do ano foi, sem dúvida, a chegada do goleiro santista, que jogava no Atlético-PR. Com seriedade, o jogador através de sua defesa conseguiu passar segurança para o time e também para a torcida, já que Hugo cobrou contratempos e prejudicou a atuação da defesa rubro-negra.

Foto destaque: Gilvan de Souza

Foto destaque: Gilvan de Souza

Outro destaque também é Ayrton Lucas, cuja compra o Flamengo já oficializou, e Arturo Vidal, quando entraram em campo, mostraram seu bom futebol e ajudaram o time em momentos importantes. O Flamengo 2022 é um time que jogou com dois times e até ganhou o apelido de Time das Copas, pelo time principal.

O destaque do elenco atual é o atacante Pedro, que teve poucas oportunidades com Paulo Souza e ainda há polêmica em torno de sua suposta saída do clube. Com a chegada de Dorival, o camisa 21 ganhou uma oportunidade após a lesão de Bruno Henrique. Com a chegada de Pedro, Gabriel Barbosa mudou de posição, jogou mais atrás e foi garçom a maior parte do tempo. Ainda assim, Gabigol fez jus ao seu nome marcando 29 vezes e foi o artilheiro ao lado de Pedro também com 29 gols.

Com um ataque misto, a defesa também teve seus destaques; O experiente e confiante David Luiz, junto com a brilhante recuperação de Léo Pereira, que se reencontrou e jogou um elegante futebol defensivo. Criado por Ninho, João Gomes não passou despercebido com sua determinação, dominando o meio-campo e conseguindo uma quantidade surpreendente de roubos de bola.

O Flamengo conquistou dois títulos importantes no ano, a Copa do Brasil e também a Libertadores. Deslizes no primeiro tempo dificultaram o alcance do Palmeiras no Brasileirão, que foi campeão com vantagem.

Foto: Andre Durão

REUTERS/Luisa Gonzalez