OPINIÃO: O jogo é jogado…

Flamengo
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Por: Gabriel Padilha

Você, que assim como eu, rubro-negro doido da cabeça, parou sua prazerosa noite de quarta-feira para acompanhar a feia pelada em Cariacica pelo Carioqueta, que custou em torno de 460,00 bagatelas para quem foi ao estádio, entre Madureira x Flamengo, com certeza não teve uma noite muito animada.

Tudo ocorreu dentro do propósito para o time do Madureira. Todo atrás, fechadinho, esperando o poderoso Flamengo, praticamente abdicando de atacar e construindo um verdadeiro ferrolho. Me lembrou até o jogo do ano passado, no sol escaldante de Madureira City, em Conselheiro Galvão.

Já para o nosso Flamengo, a peleja se desenhou muito aquém das nossas expectativas. Jogo bem fraco do time inteiro. Demasiado lento em uma troca de passes quase sempre muito horizontal, o que gerou uma transição de jogo bem devagar. Além dos incontáveis erros de passes de letra e calcanhar.

Arrascaeta e Er7, nossos magos sagrados, toda hora descendo para poder puxar o jogo, Gérson muito marcado e tendo que abusar dos passes horizontais e as laterais… ah as laterais…

Após uma excelente estreia domingo, Ayrton não foi muito exigido ontem na parte defensiva ontem, mas manteve uma válvula de escape mais ativa pelo seu lado, assim como foi contra a Portuguesa. Cansou e deu lugar ao improvisado Marinho, já que Filipe Luis não estava nem no banco. E o Varela pelo lado direito?

Claro que precisamos analisar jogos em que ele será mais exigido no setor defensivo, já pensando na Supercopa e no Mundial, e esperamos que seja mais assertivo e enérgico no ataque, mas é um bom jogador. Precisa de tempo e entrosamento. Nada de fritar o homem com dois jogos de carioca. Tempo ao tempo antes de pedir o substituto.

E o que falar de Vitor Pereira ontem? Bom, na minha opinião, mexeu mal.

Fora a improvisação do Marinho, que não tinha muito o que fazer, Cebolinha que parece ser cartada quase certa sua, também não entrou bem e ainda tirou o Pedro muito cedo do jogo, colocando Matheusão pela direita.

Não é a dele e óbvio, não foi bem. De certa forma, matou o que já estava meio morto. Que era nossa transição para o ataque. Ora, se VP abriu o time, botando dois pontas e dois laterais durante o jogo (Marinho e Matheusinho), para que dessem apoio e botassem a bola na área, porque não deixou o Pedro já que é mais a dele esse jogo aéreo?

Como torcedores, vamos sempre cobrar e querer o melhor para o nosso Flamengo. Porém, é apenas o segundo jogo do treinador português. Ele está conhecendo as peças do carro que tem em mãos. Onde ele pode arriscar, e com quem ele de fato poderá contar ao longo da temporada, principalmente tendo em vista o primeiro semestre que nós teremos pela frente.

O tempo é curto e a paciência também, pois sabemos que no clube de vermelho e preto, tudo é maior. Acertos são mais festejados. Erros são mais crucificados. Críticas são mais exigentes. Mas temos que ter calma e confiar em um time cascudo, qualificado e campeão.

Não é momento de crise ou histeria. É momento de pensar a frente. Pensar em crescer rápido, atingir um bom nível competitivo logo, mesmo jogando o nosso conhecido Carioquinha.

A meta é o Mundial que é logo ali. Queremos o mundo de novo, e para isso, temos de estar fechados com o time.

Pois como diriam os mais sábios: O jogo é jogado e o Lambari é pescado.

Pra cima deles Flamengo! SRN!

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