“SAF 100%”: após vice da Recopa, cúpula do Flamengo avalia criação de sociedade anônima

De acordo com o jornalista Diogo Dantas, a cúpula do Flamengo, encabeçada pelo presidente Rodolfo Landim, o CEO Reinaldo Belotti e o vice-presidente de finanças Rodrigo Tostes, com interlocutores do mercado. A ideia é encabeçar uma SAF dentro do Flamengo, porém com o clube tendo o domínio de 100% das ações, pelo menos num ponto de partida. Anteriormente, o próprio Diogo Dantas noticiou a ideia da diretoria em vender pelo menos 20% das futuras ações em busca de investimentos para a construção de um estádio próprio para a equipe, na região do Gasômetro, no Rio de Janeiro.

Em meio ao debate sobre a necessidade de profissionalizar o departamento de futebol, a cúpula da diretoria do Flamengo tem feito reuniões a portas fechadas sobre o tema SAF. Na mesa, o presidente Rodolfo Landim mantém diálogo constante com o CEO Reinaldo Belotti, o vice de finanças Rodrigo Tostes e interlocutores do mercado. Uma das ideias conversadas é apresentar ao Conselho Deliberativo uma proposta para criação da SAF, mas que o Flamengo seja dono de 100%, pelo menos como ponto de partida, antes de futura venda.

Diogo Dantas

O tema ainda enfrenta resistência, mas os dirigentes o mantêm na pauta do dia em busca de uma convergência de ideias. O principal objetivo seria a busca por uma melhor governança. Outra razão é o fato de a SAF dar mais transparência, reduzir juros em operações de débito e a possibilidade de se capitalizar com venda de ações para que o clube invista quando precisar. Desde que não trate de eleição, a mudança estatutária para debater a criação da SAF pode acontecer até o ano que vem, quando haverá novo pleito, mas as conversas estão adiantadas para este ano.

Diogo Dantas, jornalista do ‘O Globo’

Nos últimos dois anos, alguns grandes clubes do futebol brasileiro se tornaram SAF. O Cruzeiro foi comprado pelo ex-jogador Ronaldo, já o Botafogo foi adquirido pelo empresário John Textor, também dono do Lyon, da França. Enquanto o Vasco da Gama agora pertence ao grupo 777 Partners, donos do Genoa, da Itália. Outro clube da Série A que virou SAF foi o Bahia, adquirido pelo Grupo City, maior conglomerado de clubes do futebol mundial. A ideia do Rubro-Negro é ter a maior parte das ações, mesmo virando SAF, para que a parte associativa ainda tenha poder sobre o futebol da instituição.