Torcedores rivais tentaram criar uma história sobre a ajuda do árbitro do Flamengo na vitória sobre o Atlético-GO, mas o ex-árbitro Paulo César de Oliveira rejeitou essas ideias. O analista do SporTV não só concordou com as duas expulsões e punições de Bruno Henrique por cotoveladas, mas também destacou que o time goiano deveria ter sido expulso por causa de outro atleta por violência.
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Aos 36 minutos do primeiro tempo, quando a partida ainda estava 11 a 11, Alejo Cruz aproveitou a sola do sapato para acertar no queixo de Ayrton Lucas enquanto tentava bloquear a bola. Para PC de Oliveira, a partida teve expulsão clara e foi o maior erro do árbitro e do VAR na partida.
“Foi no rosto. Pegou no queixo do Ayrton Lucas com o pé levantado e acertou com a sola da chuteira. Pode ser que na avaliação levaram em consideração que a perna do Alejo estava flexionada. Mas eu discordo completamente pelo local que atingiu”, iniciou, antes de completar:
“A recomendação para impacto no rosto é de rigor. A bola está na altura de ser disputada de cabeça. O Alejo teve intenção? Não teve, mas a regra não fala de intenção. Fala da maneira que disputou, se colocou em risco a integridade do adversário ou não. Então, para mim é lance claríssimo de cartão vermelho”, apontou o ex-árbitro, durante o programa ‘Troca de Passes’.
No final do primeiro tempo, o árbitro André Luiz Schettino expulsou Alix Vinicius por ter sido a última pessoa a evitar a falta de Pedro. O analista concordou que o camisa 9 do Flamengo teria chance de marcar se não estivesse lesionado e considerou acertada a decisão do árbitro.
“O árbitro deve avaliar a intensidade da falta, não a natureza dela. Foi um contato leve, mas se for uma no meio-campo que não impede um ataque promissor ou não impede uma chance clara de gol, é só uma falta sem cartão”, explicou.
Outra expulsão foi o técnico Jair Ventura aos 8 minutos de jogo. A expulsão inicialmente causou surpresa, chegando a provocar protestos de Tite na entrada do campo, mas o árbitro relatou o insulto direto do técnico na súmula da partida.
PC Oliveira considerou a sentença de Maguinho contra Bruno Henrique “muito clara”. Ele ressaltou que o cotovelo do zagueiro toca o rosto do atacante antes de ele começar a disputar a bola e que o jogador corre o risco de estender demais os braços em uma disputa aérea. A única discussão possível é o artigo, mas não critica a decisão do árbitro.
“O contato já ocorre antes mesmo de a bola chegar para a disputa. O cotovelo ou o antebraço e onde atinge, a intensidade antes que atinge, a discussão desse lance pode ter até uma avaliação sobre a punição disciplinar. A questão técnica da falta é muita clara, com esse braço aberto. Com esse braço aberto, o zagueiro está assumindo o risco. Na nova regra, a orientação é marcar o pênalti.”
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