O Flamengo foi penalizado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) com uma multa de R$ 50 mil devido aos objetos lançados em campo durante o jogo contra o Santos, no estádio Mané Garrincha, mas não houve a aplicação da perda de mando de campo. A Procuradoria, que solicitava uma punição “severa e máxima”, pretende recorrer ao plenário do tribunal para tentar aumentar a penalização. No mesmo julgamento, Gerson e Bruno Henrique foram liberados para enfrentar o Bragantino.
Gerson foi denunciado por agressão física no artigo 254-A, com uma pena que variava de 4 a 12 jogos, devido à sua expulsão por ter dado uma cotovelada em Julio Furch. Já Bruno Henrique, também expulso na partida, respondia por “desrespeito aos membros da equipe de arbitragem ou reclamação desrespeitosa contra suas decisões”. A pena prevista no artigo era de 1 a 6 jogos. Por outro lado, o Flamengo estava ameaçado de perder de um a dez mandos de campo por “não tomar medidas capazes de prevenir e reprimir o lançamento de objetos no campo”.
Com relação a Gerson, o advogado do Flamengo, Michel Assef Filho, enfatizou que o árbitro estava próximo do lance e conseguiu presenciá-lo em velocidade normal. No entanto, o VAR foi necessário para que o cartão vermelho fosse aplicado.
Segundo o advogado do Flamengo, Michel Assef Filho, Bruno Henrique recebeu o primeiro cartão amarelo devido a uma falta inexistente, contrariando o que está registrado na súmula. Além disso, o jogador não levantou os braços para reclamar com o árbitro Raphael Klein no momento da agressão.
Já em relação a Bruno Henrique, apesar de reconhecer que ele não direcionou o dedo para o árbitro, Trindade afirmou que o jogador “perdeu a cabeça” e precisou ser contido pelos companheiros para não agredir o árbitro.
O relator Diogo Maia aceitou o argumento de que o cartão amarelo foi injusto e solicitou uma punição mínima para Bruno Henrique, que consiste em uma suspensão convertida em advertência. Os demais membros da audiência concordaram com o argumento. Dessa forma, Bruno Henrique, que já cumpriu sua suspensão, está livre para enfrentar o Bragantino na próxima quinta-feira.
No que diz respeito aos objetos arremessados em campo, Trindade argumentou a favor de uma “penalidade rigorosa e máxima” ao Flamengo, uma vez que o clube não informou ter adotado medidas para evitar o lançamento de objetos no campo, nem para identificar os torcedores que jogaram as garrafas. No entanto, Assef culpou os organizadores da partida e considerou o caso como excepcional.
O relator do caso, Diogo Maia, aparentemente aceitou os argumentos do advogado do Flamengo, optando por impor uma multa de R$ 10 mil. No entanto, os demais auditores aumentaram a multa para R$ 50 mil.
Veja mais notícias do Flamengo, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Clube de Regatas do Flamengo.