Opinião: Gabigol, ídolo máximo do Flamengo e terror dos rivais

Muito pode ser dito, discutido e debatido sobre a vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Atlético de Paraná nesta quarta-feira (12). Aliás, o Vitória garantiu aos cariocas uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil.

Se quiséssemos dar crédito, poderíamos falar de Arrascaeta e Everton facilitando tudo dentro de campo. Na formação de Wesley, Matheus Cunha a oportunidade no gol e Victor Hugo é um garoto que jogava com a postura de um veterano. Talvez o crédito vá para Fabricio Bruno e David Luiz, que fizeram um jogo sólido, apesar de ter alguns problemas nos ataques do adversário.

Também podemos reclamar da postura do Atlético Paranaense, seja pelo entusiasmo em usar as técnicas do MMA no futebol, seja pela grande quantidade de objetos arremessados pela torcida, ou mesmo pela eterna dúvida de como a CBF permite a competição profissional. Jogue futebol em um campo de futebol ensaboado.

Claro, sendo uma partida de futebol no Brasil, sempre podemos discutir arbitragem. Seja tolerando a violência em determinados momentos, seja usando cartões desnecessários em outros momentos, seja um gol rubro-negro anulado pelo VAR, podemos ver o sistema em tempo real que o gol funciona, apenas para ajustá-lo muitas vezes depois até encontra uma posição que pode ser considerada impedimento.

O principal é falar do nosso 10, Gabriel Barbosa, o homem conhecido como Gabigol. Isso porque, no jogo desta quarta-feira, pode-se dizer que o nosso ídolo fez absolutamente tudo que se pode imaginar pelos rubro-negros, e há pelo menos mais cinco coisas que poucos que acompanham o futebol imaginariam que um atacante faria.

Nesse jogo em questão , Gabigol correu, marcou e lutou. Gol anulado, briga. Ele foi lá, fez outro gol, e comeu uma coisa que pegou do chão, a gente não sabia o que era, além do mais mostrou ao juiz do jogo que tacaram nele a comida , tomou cartão e ainda ficou rindo um verdadeiro deboche.

O Gabigol comemora com a torcida adversária, o Gabigo toma água, cerveja, talvez mais algumas coisas que a gente não quer pensar, pelo mesmo motivo que a gente não pensa muito no que ele come.

O Gabigol não é só um grande atacante, não é só um atirador, não é só um lunático, é um jogador que interpreta a alma rubro-negra como ninguém. Que tem a capacidade de decidir o jogo a favor do Flamengo como ninguém. Gabigol é jogador do Flamengo, seja pela forma que joga, pela forma como luta ou pela forma como existe, e se incomoda com sua presença.

Para cada um de nós, torcedores do Flamengo, é uma grande fortuna poder acompanhar o Flamengo no momento em que o homem destinado vestir o manto. Porque onde tem Gabigol tem de tudo, do caos e confusão aos gols e comemorações. Mas acima de tudo, como voltou a acontecer, uma vitória do Flamengo.