Breno Siqueira
O Flamengo entrou na Justiça contra o seu ex-atacante Paolo Guerrero para tentar a devolução de R$ 1,8 milhão referente aos pagamentos ao jogador em direitos de imagem por conta do período em que o atleta sofreu punição por doping. Porém, de acordo com o GE, o juiz Françoise Picot Cully, da 9ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), considerou improcedente a reclamação do Rubro-Negro e ainda condenou ao clube indenizar o jogador para pagar 10% do valor reclamado, em torno de R$ 180 mil.
É possível perceber que a suspensão temporária do jogador, nas condições descritas nos autos, não operou o efeito de determinar a suspensão dos efeitos do contrato de concessão de imagem, já que o atleta, mesmo suspenso, estava em condições de ceder o uso de sua imagem, apelido desportivo e voz, para ser explorado por parte do clube autor.
Trecho da sentença
Pelo contrário. O pronunciamento oficial do autor. Emitido publicamente por ocasião do evento, demonstra que o demandante conferiu o seu total apoio ao jogador em relação ao episódio da suspensão, já que considerava que o segundo réu demonstrava conduta profissional exemplar junto ao clube, de modo que esse pronunciamento se torna incompatível com a crença de que o atleta pudesse ter agido em infringência a regras de probidade, moral e bons costumes.
Françoise Picot Cully, juiz do caso
Guerrero foi contratado como o primeiro grande reforço da era Eduardo Bandeira de Mello em 2015. O jogador ficou por três anos no clube e ganhou apenas o Campeonato Carioca no ano de 2017 e a grande expectativa não se reverteu em títulos. Depois do Mengão, o peruano passou pelas equipes do Internacional, Avaí e atualmente defende a equipe do Racing e inclusive encarou o Flamengo pela Copa Libertadores. Pela Seleção Peruana, ele segue sendo convocado e comandou o Peru para a Copa do Mundo em 2018, após 36 anos.
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